A febre é um dos eventos adversos sistêmicos mais comuns envolvidos na vacinação de crianças e, assim como as manifestações no local de aplicação, é parte da manifestação do processo inflamatório esperado na pós-vacinação.
Quando a febre se deve à vacinação, o quadro em geral é benigno e autolimitado. Febre alta com duração de mais de 24 horas ou que se inicia após as primeiras 24 horas da vacinação, deve ser avaliada com cuidado devido à possibilidade de infecção não relacionada à vacina.
Uma questão importante é a discussão sobre o uso de antitérmicos para controle da febre causada pelas vacinas.
Estudos comprovam que o uso profilático do paracetamol é eficaz na redução da incidência da febre após a vacinação. Porém, estes estudos mostraram que o uso de paracetamol profilático, provavelmente por inibir a resposta inflamatória, interfere na resposta imunológica das crianças que fizeram uso, com redução do nÃvel de anticorpos obtidos!
Diante desses resultados, a recomendação passou a ser a de evitar o uso profilático de paracetamol (e outros antipiréticos ou analgésicos) e apenas recomendar o uso desses medicamentos para tratamento clÃnico da febre manifestada após a aplicação das vacinas.
Usar antitérmico antes da vacina, é indicado apenas para crianças com história pessoal e familiar de convulsão e naquelas que tenham apresentado febre > 39,5°C ou choro incontrolável após a dose anterior da vacina trÃplice bacteriana, uma das mais reatogênicas do calendário.
Vacine seu filho!
Vacinar é proteger!!!

Dra. Vivan de Oliveira
Pediatra – CRM 37003
Consultório PoliclÃnica PIVA
Rua Dumoncel Filho, 642 – Ibirubá
Fonte (54) 3324-6451